Golfinho Pintado do Atlântico

Golfinho Pintado do Atlântico

Família:
Delphinidae

Nome específico:
Stenella frontalis (Cuvier, 1829)

Nome comum:
Golfinho-pintado-do-atlântico, toninha-pintada, Atlantic spotted dolphin

Distribuição:
Águas tropicais, subtropicais e temperadas quentes do Oceano Atlântico, tanto em águas costeiras quanto em oceânicas. No Brasil, até o momento, existem registros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará. Nas Bahamas, existe uma famosa área de concentração de golfinhos-pintados-do-atlântico.

Peso, medidas e características:
Adultos medem entre 1,6m e 2,2m. As fêmeas pesam entre 39 e 127 Kg e os machos entre 50 e 143 Kg. O corpo é alongado e esguio. Dorso escuro e ventre claro. Os adultos apresentam pintas claras no dorso e escuras na barriga. O grau de pintas nos adultos é extremamente variável, tanto individualmente quanto geograficamente. Filhotes nascem cinza-claro e as pintas vão aparecendo com a idade geralmente da barriga para o dorso. A ponta do relativamente longo e fino bico é branca. O manto dorsal cinza-escuro possui uma mancha clara pontiaguda rompendo seu desenho arredondado logo abaixo da nadadeira dorsal. A nadadeira dorsal é alta e falcada. As nadadeiras peitorais são pontudas e proporcionais ao tamanho do corpo. A região ao redor dos olhos normalmente é escura. Possuem de 60 a 80 dentes cônicos. A forma costeira é maior, mais robusta e mais pintada do que a oceânica. No Brasil, provavelmente existem as duas formas mas ainda torna-se necessária uma confirmação.

Como nascem e quanto vivem:
A maturidade sexual é alcançada a partir de 1,8m. Machos e fêmeas alcançam a maturidade sexual entre 6 e 11 anos e 4 a 8 anos de idade, respectivamente. A gestação dura cerca de um ano. Filhotes nascem medindo entre 0,8m e 1,2m. a amamentação dura cerca de um ano e o intervalo entre as crias é de 3 anos. Podem viver, pelo menos, até 50 anos de idade.

Comportamento e hábitos:
Podem formar grupos de vários tamanhos segregados em subgrupos por sexo e classe de idade. Em áreas costeiras podem formar grupos de até 80 indivíduos, embora sejam mais comuns grupos contendo entre 5 e 15 animais. Em alto mar esses grupos podem chegar a centenas. Sua estrutura social é complexa. Já foi observado entre os golfinhos-pintados-do-atlântico o comportamento de ajuda a animais doentes ou feridos da mesma espécie. Podem formar grupos mistos com outros cetáceos. Curiosos, nadam na proa de embarcações. São golfinhos muito ativos, nadam com rapidez e saltam com freqüência. Suas vocalizações incluem vários tipos de estalos e assobios.

Alimentação:
Principalmente lulas e peixes.

Identificação Individua :
É feita através de marcas e cicatrizes no bordo posterior da nadadeira dorsal.

Cativeiro:
Geralmente não se adaptam bem ao cativeiro tendo problemas de estresse e recusam alimentos. Já foram mantidos em oceanários da Flórida para shows por períodos superiores a dez anos mas, geralmente, sobrevivem no cativeiro por poucos meses ou semanas.

Inimigos Naturais:
Os grandes tubarões (Família Carcharhinidae) e as orcas (Orcinus orca).

Ameaças:
O golfinho-pintado-do-atlântico é capturado em pequena escala para subsistência em São Vicente (Antilhas Pequenas), nos Açores e possivelmente em Santa Lúcia e Dominica. A espécie é capturada acidentalmente em redes de espera em toda a sua área de ocorrência principalmente em áreas costeiras. Nessas áreas, também sofrem com a poluição, a degradação ambiental e em certos locais como a Baía da Ilha Grande, Rio de Janeiro, com o intenso tráfego de embarcações que os molestam. No Brasil, foram registradas capturas acidentais em Santa Catarina, São Paulo e no Rio de Janeiro. Também existem registros de capturas em redes de deriva oceânicas (drift-nets) no sul e sudeste. Na Venezuela, a carne dos golfinhos capturados é utilizada para o consumo e sua gordura serve de isca para a pesca de espinhel. A frota atuneira de várias nações que atua na costa oeste da África também os capturam acidentalmente.

Status:
Encontra-se citado na categoria Dados Deficientes (IUCN, 1996).

Saiba como agir no caso de:

Travessia da Serra e do Mar
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