Falsa Orca

Falsa Orca

Família:
Delphinidae

Nome específico:
Pseudorca crassidens (Owen, 1846).

Nome comum:
Falsa-orca, false killer whale

Distribuição:
Ocorre em regiões tropicais e temperadas de todos os oceanos, embora também possa ser encontrada próxima à costa e em águas frias. No Brasil, existem registros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Paraíba.

Peso, medidas e características:
O comprimento máximo registrado para machos e fêmeas é de 6,1m e 5,6m, respectivamente. Machos podem pesar até 2,2 toneladas e fêmeas chegam a pesar 1,1 tonelada. O corpo é longo e delgado. Cabeça pequena e de forma oval, sem rosto (“bico”) definido. Sua coloração é quase toda preta, interrompida apenas por uma mancha cinza-clara em forma de âncora, no ventre (entre as nadadeiras peitorais), e por outras manchas claras que podem existir nos lados da cabeça. Suas nadadeiras peitorais são estreitas e tem forma característica: com uma curva que lembra um “cotovelo” e extremidades pontudas. A nadadeira dorsal situa-se no centro do dorso e é alta e falcada. Apresenta de 16 a 22 pares de grandes e grossos dentes.

Como nascem e quanto vivem:
A maturidade sexual é alcançada com cerca de 3,5m, entre 8 e 14 anos de idade. A gestação dura aproximadamente 15 meses. As fêmeas dão à luz a um único filhote que nasce com cerca de 1,5m a 1,8m. A amamentação pode chegar até os 18 meses. Vive, pelo menos, 22 anos.

Comportamento e hábitos:
É um animal gregário. Em geral, forma grupos de 10 a 50 indivíduos de ambos os sexos e todas as classes de idade, embora grupos com centenas de animais já tenham sido observados. É rápida, vigorosa, ativa e acrobática: realiza saltos tão altos e elegantes como os golfinhos, nada na proa de barcos e até mesmo de navios velozes, surfando nas ondas deixadas por eles. Costuma encalhar em grupos de até centenas de animais, existindo fortes laços sociais entre os indivíduos dessa espécie. No Brasil, existe um registro de encalhe em massa (quando mais de um cetáceo encalha, com exceção da dupla fêmea/filhote) de 14 falsas-orcas (8 machos e seis fêmeas), no Rio Grande do Sul em junho de 1995. No entanto, o encalhe em massa mais numeroso para a espécie ocorreu em Mar del Plata, Argentina, em 1946, onde 835 animais vieram a dar nas praias. Pode formar grupos mistos com outros cetáceos.

Alimentação:
Lulas e peixes grandes. Como a orca (Orcinus orca), pode predar animais de sangue quente, inclusive outros cetáceos. Costuma, ainda que raramente, predar golfinhos liberados das redes atuneiras no Pacífico oriental. Já foi inclusive observado, um ataque de um grupo de falsas-orcas a um cachalote (Physeter macrocephalus) em Galápagos.

Cativeiro:
As falsa-orcas tem grande facilidade de aprendizado e se adaptam bem ao cativeiro onde já foram ou são mantidas com sucesso na Califórnia, Havaí e Japão. Apesar de ser um animal popular, sua exibição em oceanários é pouco comum.

Inimigos Naturais:
Desconhecidos.

Ameaças:
Inteligente e hábil, costuma “roubar” iscas e/ou peixes capturados em espinhéis, o que pode ocasionar em capturas acidentais nos anzóis e também sofrerem com o vandalismo de alguns pescadores que temem pela competição ou pela sua produção danificada. No Japão por exemplo, centenas de falsas-orcas são mortas com o intuito de preservar os cardumes de atum. Embora a veracidade dessa crença seja discutível, a matança continua. No Rio Grande do Sul, é conhecida a captura acidental de falsas-orcas em espinhéis e em redes de arrasto de fundo. A falsa-orca é capturada para consumo humano no Japão, Taiwan, China e Caribe. A captura acidental em redes de pesca constitui uma ameaça em toda a sua área de ocorrência. O Brasil não é uma exceção, existindo registros confirmados de capturas acidentais em Santa Catarina e Rio de Janeiro e possivelmente no Rio Grande do Sul.

Status:
Encontra-se citada na categoria Dados Deficientes (IUCN, 1996)

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