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O tradicional Festival da Pinga, que agora se chama Festival da Cachaça, Cultura e Sabores de Paraty acontece de 19 a 22 de agosto com vários shows gratuitos:
– Alceu Valença e Banda
– Silvério Pontes e Zé da Velha
– Projeto Viva Viola, de Minas GeraisE muitas outras atrações.
Confira a programação completa: http://www.paraty.com.br/feriados/festivaldapinga/index.asp
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Quatro dias no paraíso. Não, não é o nome do último e mais badalado filme, nem título de romance água com açúcar. Quatro dias no paraíso é estar em Paraty, para a FLIP, Festa Internacional do Livro. O título “Festa” é elegante, digno e irrepreensível. A Festa é festa de fato. Pedaço do Éden. Parcela de enlevo. Gente culta, inteligente, disciplinada e ecologicamente moderna, do Brasil e do mundo, concentrada sobre delimitado e instável calçamento de 400 anos. Não há papel sujo sobre o chão, nem papel impresso no lixo. Lixo é lixo e gente é racional. Frenesi formiguejando cultura.
O caminho das pedras é o melhor caminho. É preciso explicar. Ali as ruas são cobertas de pedras não polidas ou desbastadas. Tais pedras são portuguesas. Ruas e ruas feitas de lastro. Bem como o caminho que levava ao ouro das Minas Gerais. Lastro é toda carga que dá equilíbrio a um navio, era fardo que, colocado no fundo porão das galeras portuguesas, evitava que o navio afundasse por estar vazio. Lastro é estabilidade. Tudo a ver com o financeiro… Os antigos navios à vela deixavam-nos pesadas e grandes rochas e levavam-nos, também pesadamente, o ouro. Navios chegando em lastro: pétreos. Navios partindo em fausto: áureos. Numismaticidades. Estável para Portugual, instável para o Brasil. Como a vida, como os amores, como os humores, como as marés.
Só não para os índios, antes dos portugueses, antes de nós, quando os Guaianás iam à Paraty atrás das suas praias consideradas medicinais. Para eles, Paraíso, até a chegada do europeu; para nós, Paratyso, em quatro FLIP dias.
Em todos os outros dias, pelas ruas de Paraty pés de portuguesinhas vestidas em rodadas saias coloniais se abrasileirariam no constante resvalar do ir e vir sobre pedras abauladamente desiguais, artística e ordenadamente aplicadas sobre antigas ruas de areia, que se afundaram ao sabor de render-se a pesos e a passos. Cariocas hoje, nesses todos os outros dias.
Mas, nos tais citados quatro FLIP dias, se caminhar em Paraty exige arte e equilíbrio, o conviver mundial ali não exige esforço algum. Somos, além do que somos, todos etólogos, etnólogos, ecólogos e por vezes, enólogos. Por que não? É nos barezinhos e restaurantes de drinques e refeições próximas dos manás divinos, nas calçadas com carroças e doces típicos em tabuleiros, nas praças de alimentos de consumo mais imediato, que anoitece ou amanhece a hora de os apreciadores de iguarias dividirem as suas impressões literárias e artísticas. Mas são artistas os cozinheiros, os bartenders, os graçons, como os músicos, os escritores, os editores, os escultores, os pintores, os literatos consumidores ou vendedores de literatura. Confraternizam em toda esquina, em cada mesa, em qualquer praça, homens e mulheres que se sentem em casa, porque todos têm uma única e real vontade: um mundo.
Não só um mundo melhor, nem um mundo só mais pensado, mais rico, ou sem toda a maldade, ou com nem mesmo uma doença. Mas um mundo facilmente administrável porque se acabariam, ou controlariam-se, ânsias e ganâncias. O poder, que desaguaria em cargos drogas pragas pregos crucificações, finado.
Paraty é, então, toda arte de respeitar o que vive e respira, tudo o que se pode conhecer e ensinar, toda vontade de expurgo, não dos perfeitos, mas dos lavados, autocorrigidos, apurados, ou em processo de… Não bastasse, tudo acontece em centro histórico lindamente preservado.
Paraty, noventa e seis horas. Cidade em que houve, há, vontade. Vontade de quem fez, de quem faz, de quem lá está e parte, e, quando parte, já quer voltar. Paraty da deferência e querença, da escusa e absolvição, do sorriso de “que bom que estou aqui e você também”, da compreensão e constatação do “não há no Brasil, nas Américas, no Mundo apenas um ou dois de nós”. Que bom.
Ainda que por curtos quatro, mas intensos, dias descortinaram-se palestras divertidas, risíveis, lúcidas (muito lúcidas) e interessantes. Dias em que se descobriram escritores, representando iranianos (o povo), judeus (o povo), americanos (o povo), indianos (o povo), brasileiros (o povo) e muitos outros (os povos), apesar das incontáveis diferenças, a querer apenas uma única e mesma coisa: “arte, porque a vida não basta” (Ferreira Gullar, 07/08/2010 – Paraty).
Autora: Cecilia Ferreira, jornalista, membro da Academia Araçatubense de Letras, autora de (entre outros) Vinhos (poemas), editora, pós-graduada em Comunicação e Linguagem.
Crônica publicada na Folha da Região (Araçatuba), dia 12/08/10
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Neste ano, a Flipinha vai contar com trilha sonora especial. Luís Perequê, porta-voz da cultura caiçara, é o artista convidado da Flipinha. No show Tô Brincando, ele apresentará composições inéditas, além das mais conhecidas pelo público local.
A programação da Flipinha é composta por diversas atividades como a Arte na Praça, as Apresentações das Escolas, a Ciranda de Bonecos e a Ciranda dos Autores.
4 de agosto – quarta-feira
8h às 8h30
Maria Angula
Teatro- Profa. Benedita Isabel – EM Pequenina Calixto8h30 às 9h
Sonho de papel
Musical
Profas. Dalila Alcântara e Cláudia da Guarda – EM da Praia Grande9h às 9h30
Casa Grande e Senzala
Musical- Profa. Renata da Conceição- EM da Barra Grande9h30 às 10h30
Imagens e palavras
Ciranda dos Autores – Marcelo Xavier e Michelle Iacocca
mediação – Célia Flud10h30 às 11h
Mediação de leitura11h às 11h30
Resgatando Freyre através da arte
Teatro- Profas. Renata Émily, Débora Merelles, Rosiris Barros e Elizabeth StanisceSegregação, não!
Musical- Profs. Márcio Marcelino, Luciene Pascoal, Lucilda de Souza e Ana Alcântara CIEP Dom Pedro11h30 às 12h
Poema Brasileirinhos
Teatro- Profas. Rosimere Noronha e Maria Marques – EM José Américo Lomeu Bastos (Angra dos Reis)13h às 13h30
Mediação de leitura13h30 às 14h30
Parlendas, textos e imagem
Ciranda dos autores – Sandra Pina e Anielizabeth
mediação – Marcelo Luís de Mattos14h30 às 15h
Poetas ou profetas?
Teatro- Prof. Eliezer Ribeiro
As bruxinhas
Teatro- Prof. Rita de Cássia Passos – EM Pequenina Calixto15h às 16h
A ecologia na Literatura infantil e juvenil
Ciranda dos autores – Lalau e Laurabeatriz
mediação – Flora Salles16h às 16h30
ABC cultural de ParatyTeatro- Profs. Flora Salles, Marcelo Mattos, Alaíde Fabricante, Miriam de Souza e Silene Coelho – EM Parque da Mangueira
16h30 às 17h
Conversa de armazém
Teatro- Companhia Rosa Carmo Queiroz5 de agosto – quinta-feira
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Quarta-feira, 04 de Agosto
19h – Abertura
Casa-grande e Senzala: um livro perene
Fernando Henrique Cardoso
Debatedor: Luiz Felipe de Alencastro21h30 – Show de abertura
Edu Lobo
Renata Rosa
Com Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp
Direção artística: Arthur NestrovskiQuinta-feira, 05 de Agosto
10h – Mesa 1
Ao correr da pena
Bertthold Zilly
Moacyr Scliar
Ricardo Benzaquen
Edson Nery da Fonseca
Mediação: Ángel Gurría-Quintana12h – Mesa 2
De frente pro crime
Patrícia Melo
Lionel Shriver15h – Mesa 3
Fábulas Contemporâneas
Reinaldo Moraes
Ronaldo Coreia de Brito
Beatriz Bracher
Mediação: Cristiane Costa17h15 – Mesa 4
Veias abertas
Isabel Allende
Mediação: Humberto Werneck19h30 – Mesa 5
O livro: capítulo 1
Peter Burke
Robert Darnton
Mediação: Lilia SchwarczSexta-feira, 06 de Agosto
10h – Mesa 6
O livro: capítulo 2
Robert Darnton
John Makinson
Mediação: Cristiane Costa12h – Mesa 7
Além da Casa-grande
Alberto Costa e Silva
Maria Lúcia Pallares-Burke
Ângela Alonso
Mediação: Lilia Schwarcz15h – Mesa 8
Chá pós-colonial
William Boyd
Pauline Melville
Mediação: Ángel Gurría-Quintana17h15 – Mesa 9
Promessas de um velho mundo
A.B. Yehoshua
Azar Nafisi
Mediação: Moacyr Scliar19h30 – Mesa 10
Em nome do filho
Salman RushdieSábado, 07 de Agosto
10h – Mesa 11
Andar com fé
Terry Eagleton
Mediação: Silio Boccanera12h – Mesa 12
Albany, Nova York e outras aldeias
Colum McCann
William Kennedy
Mediação: Ángel Gurría-Quintana15h – Leitura
Alguma Poesia
Chacal
Antônio Cícero
Ferreira Gullar
Eucanaã Ferraz17h15 – Mesa 13
Gullar, 80
Ferreira Gullar
Mediação: Samuel Titan Jr.19h30 – Mesa 14
A origem do universo
Robert Crumb
Gilbert Shelton
Mediação: Sergio Dávila21h45 – Filme
José & Pilar
Domingo, 08 de Agosto
9h30 – Mesa Zé Kléber
Paraty: passando o futuro a limpo
Victor Zveibil
Ana Carla Fonseca Reis
Luís Perequê11h45 – Mesa 16
Gilberto Freyre e o século 21
José de Souza Martins
Peter Burke
Hermano Vianna14h30 – Mesa 17
Cartas, diários e outras subversões
Wendy Guerra
Carola Saavedra
Mediação: João Paulo Cuenca16h30 – Mesa 18
Nacional, estrangeiro
Benjamin Moser
Berthold Zilly18h15 – Mesa 19
Livro de cabeceira
Convidados da Flip lêem trechos de seus livros prediletosPara saber a programação completa, resumos dos temas das mesas, localização das tendas etc, acesse www.paraty.com.br/flip
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Já pensou em ficar hospedado numa linda pousada, fazer um passeio de jeep, fazer um circuito de arvorismo em plena mata atlântica, ganhar uma massagem relaxante, almoçar ou jantar em ótimos restaurantes, conhecer a cerveja artesanal de Paraty e ainda ganhar descontos em livros? Pois é… o site www.paraty.com.br promove o concurso Ganhe um Final de Semana Grátis em Paraty. Para participar é só se inscrever em: http://www.paraty.com.br/bd/promocao.asp.
BOA SORTE!
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Dia 04 de agosto, às 21h30 acontecerá o show de abertura com Edu Lobo, Renata Rosa, Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp, com Direção artística: Arthur Nestrovski.
Os shows da FLIP sempre são de alta qualidade. Já passaram pelo seu palco Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, João Donato e outros. No ano passado foi a vez de Adriana Calcanhoto.
Os ingressos sempre acabam rapidinho. Mas, não se preocupe! A tenda da Matriz é aberta é dá para assistir ao show, do lado de fora, sem problemas.
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No sábado, dia 21 de agosto, às 23h, Paraty assistirá ao show de Alceu Valença, durante o Festival da Cachaça, Cultura e Sabores (Antigo Festival da Pinga). O show acontece em palco na Praça da Matriz e é aberto ao público.
Também haverá shows de Cirandeiros de Paraty, Projeto Viva Viola, Silvério Pontes e Zé da Velha e mutos outros.