Por Claudia Ferraz
Colaborou Mary Lacerda
Jovem nos seus trinta e três anos, não lhe faltam lugares na história de vida: nasceu em Rondônia, foi criado em Goiânia, morou em Santos, formou-se em São Paulo (em Esporte, na USP) e mora em Paraty há cinco anos. E são muitos ainda os lugares que motivam sua vida de empresário do ramo de turismo de aventura. Jorge Elage, conhecido como “o cara da Espírito Livre Aventuras”, encarna com muita naturalidade seu próprio negócio. Afinal, ele, o organizador das tão esperadas competições multisports em Paraty, aquelas que estão no calendário da cidade, é o próprio espírito livre, louco por desafios, apaixonado por esportes, em especial competições ao ar livre. Nessa entrevista exclusiva, ele conta como é ser aventureiro por profissão.
CONHEÇA MELHOR O ORGANIZADOR DAS CORRIDAS DE AVENTURA EM PARATY:
PARATY.COM.BR – Jorge, qual é sua historia pessoal com relação às corridas e à cidade de Paraty?
JORGE ELAGE – Bem, comecei a me envolver com esporte de aventura na época da Universidade de São Paulo. Comecei com as corridas de aventura, um esporte praticado em equipes, que une diversas modalidades e uma que se chama “orientação”, isto é, navegar o percurso definido por um organizador, com mapa e bússola, encontrando vários pontos no meio do caminho. Pratiquei essa modalidade por muitos anos. Algumas corridas de aventura já foram aqui em Paraty, inclusive, onde estou nos últimos cinco anos. Entre elas, a Brasil Wild, em 2005, e a Eco Motion, em 2008 / 2009, que contou com o trabalho de algumas pessoas da cidade. Corri provas no mundo inteiro. Provas que chegam a durar 500 km, em até cinco dias ininterruptos. Bom, mas depois de me cansar um pouco de praticar tão intensamente esse esporte, comecei a organizar e prestar serviços para outros organizadores. E quando há cinco anos me mudei para Paraty, me encantei por toda essa região. É uma cidade maravilhosa e muito propícia à prática de diversas modalidades que eu, particularmente, amo praticar! Foi por isso que eu encontrei aqui o meu porto seguro e comecei a organizar eventos, visando oferecer às pessoas da cidade, da região e também aos visitantes uma oportunidade de conhecer lugares lindos, que geralmente não são muito visitados.
PARATY.COM.BR – E quais são essas modalidades que você tanto ama?
JORGE ELAGE – Eu gosto muito de fazer mountain bike, corrida em trilha, canoagem, surfe, e montanhismo. Subir montanhas, chegar ao pico do Cairuçu, no mirante do Miranda, ao Pico do Mamanguá… Puxa, há muita coisa para conhecer e explorar nessa região! Ainda não cheguei ao Pico da Pedra do Frade, esse está na minha lista. Aqui perto também tem a Pedra da Macela, um lugar com um visual maravilhoso! Paraty é isso então, uma cidade rodeada de montanhas e rodeada pelo mar. Todas as modalidades do turismo de aventura permitem interagir com esses elementos.
PARATY.COM.BR – Quantas corridas você já organizou em Paraty?
JORGE ELAGE – Estamos esse ano na quinta temporada. A média de eventos tem sido de três a quatro por ano, ao todo foram mais ou menos quinze eventos nesses cinco anos em Paraty. Algumas provas foram apenas de corrida em trilha. Outras, só de mountain bike. E uma vez por ano eu organizo uma prova que se chama Paraty Multisport, que agrega caiaque, corrida e bicicleta. São vários trechos. A prova sai do centro da cidade, passa pelo Caminho do Ouro, pela Fazenda Muricana, por diversas trilhas. E depois volta ao centro da cidade, para terminar na Praia do Pontal.
PARATY.COM.BR – Quando será essa prova?
JORGE ELAGE – Ela faz parte de um evento maior, chamado Festival Aventura Paraty. Agora em 2014 esse evento já consta do calendário da cidade e vai ser realizado no dia 16 de agosto, no período da manhã. À noite, o evento inclui uma prova que se chama Paraty Night Run, uma corrida noturna com circuito no Centro Histórico e na região do Morro do Forte, de 5 e 10 km. E para finalizar haverá um festival de cinema, com filmes de aventura exibidos na Praça da Matriz.
PARATY.COM.BR – Que bacana, um dia inteiro de esporte aventura no dia 16 de agosto! E os bastidores de uma corrida, dá para falar um pouquinho sobre isso? Como se organiza uma corrida dessas em termos de percurso, como é essa logística toda…
JORGE ELAGE – Com certeza. São trabalhos em diversas frentes e a primeira coisa a ser trabalhada é o percurso, em função do público alvo e da modalidade. Com base no ponto de largada e chegada, e nos atrativos naturais da região, a rota vai sendo definida. Existem lugares que permitem múltiplas opções de rota, por exemplo, uma serra, uma montanha, uma parte na mata. Por outro lado há lugares em que as opções de trilha são limitadas, como uma prova no Mamanguá, por exemplo. A Meia Maratona Caiçara, que esse ano vai acontecer no dia 17 de maio, é uma prova que sai de Laranjeiras e chega em Paraty Mirim. Como há apenas uma trilha que cumpre esse percurso completo, não tive que fazer uma pesquisa muito grande com relação a percurso. Mas há provas que exigem um estudo grande de percurso. Então, uma vez definido o percurso, a gente passa para análise de segurança, de acesso, de resgate, ponto de água, organização da equipe responsável pelo monitoramento do percurso. São etapas importantes, cada uma em si, exigindo um máximo de controle e organização. Por fim, o trabalho dos bastidores é a divulgação do evento, feita nos sites especializados, nos sites locais e nos sites de notícias em geral. Há também a preparação do processo de inscrição e todo um conjunto de tarefas da produção, que envolve material de divulgação, camiseta, troféu, medalhas, brindes… Outra parte importante é a venda de patrocínios, que envolve definir formas de retorno para todas as empresas que nos apóiam, independentemente do tamanho delas. Se é uma empresa local, se é uma empresa regional ou de âmbito nacional, todas têm um determinado posicionamento que pode ser explorado. Dependendo do ramo de atuação,é possível criar diversas alternativas de visibilidade, de ações para o retorno do produto que a empresa vende. Para isso, a gente conta com uma equipe de profissionais de web marketing e marketing em geral que atuam aqui na região. São profissionais de Paraty. E aos poucos, ao longo desses cinco anos, a gente vai podendo contar com o envolvimento de mais pessoas na estrutura organizacional de um evento desse porte.
PARATY.COM.BR – Quem capacita essas pessoas aqui?
JORGE ELAGE – Esse é outro desafio da gente, o de fazer um trabalho de capacitação dos voluntários e dos profissionais que ajudam nas edições dos eventos. Há cinco anos, quando a empresa começou, o esforço era no sentido de um trabalho de conscientização e estímulo das pessoas, para que participassem como atletas dos eventos. Em paralelo, havia o esforço de capacitar também os que quisessem cooperar na organização. Afinal, tudo isso era uma novidade por aqui e quase ninguém tinha experiência nesse tipo de evento, as pessoas não sabiam direito como fazer, por que fazer, quanto tempo iria durar e nem tinham idéia do tanto de atenção que merece cada etapa da organização e do próprio evento. Aos poucos a gente foi trabalhando essa capacitação. Hoje em dia a situação é outra: já há outros eventos esportivos na cidade e temos aqui profissionais com mais experiência em lidar com as diversas etapas, a exemplo de inscrições, manutenção do percurso, atendimento ao atleta, todo esse tipo de coisa. É muito bom ver essa evolução, acaba sendo uma recompensa pela nossa dedicação.
PARATY.COM.BR – Claro! Bom saber que já está se criando na cidade uma cultura da prática do esporte de aventura.
JORGE ELAGE – Estamos no começo ainda. Mas qualquer processo evolutivo passa pelo começo, então a gente já está consolidando cada vez mais essa prática em Paraty.
PARATY.COM.BR – Jorge, além desse pessoal com espírito de aventura que vem se envolvendo na produção das competições, qual é o público que tem participado dos eventos, qual é o público que você atinge?
JORGE ELAGE – O grande público que vem compor nossas competições é do eixo Rio – São Paulo, pessoas não só dessas grandes metrópoles, mas de cidades próximas, como Taubaté, São José dos Campos, Angra, Ubatuba. Mas para a Multisport Spirit, a competição que vai acontecer em agosto, no festival em Paraty, o esperado é receber gente de todo o Brasil, pois essa competição é uma das três provas multiesportivas que existem no País. Virá gente de Brasília, de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo… É uma prova muito aguardada pelos atletas. Estará mostrando Paraty para gente do Brasil inteiro e ainda vai criar todo um envolvimento da cidade, tanto do ponto de vista social e turístico, como esportivo e econômico. Os fornecedores de equipamentos alugam caiaques, por exemplo, muitos moradores trabalham no evento, há uma ocupação maior de pousadas e restaurantes… Isso então contribui para todo o ciclo do turismo na cidade de Paraty, em especial porque se dá preferência a realizar esse tipo de evento em finais de semana que não tenham alguma outra programação importante na cidade.
PARATY.COM.BR – Então essas competições costumam ocorrer mais na baixa temporada?
JORGE ELAGE – Não necessariamente na baixa temporada, mas certamente em finais de semana que não tenham feriado ou que não tenham um grande evento musical ou cultural na cidade. Na verdade a gente organiza provas ao longo do ano inteiro, seja na alta ou na baixa temporada, mas escolhendo os finais de semana mais adequados. Só que não é assim tão simples encontrar as melhores datas, porque no início do ano, na hora de montar o calendário, não basta consultar somente o calendário de Paraty. É preciso levar em conta também o calendário esportivo, o de feriados, o de eventos já consolidados.
PARATY.COM.BR – Os demais circuitos de outras cidades brasileiras dialogam com essas competições programadas aqui para Paraty, Jorge? Existe um intercâmbio?
JORGE ELAGE – Existe com certeza um respeito. Hoje o mercado esportivo do Brasil é considerado ainda amador, mas não há dúvida de que está em crescimento. Existe uma boa aceitação da prática de esportes ao ar livre em todos os níveis. O mountain bike, a corrida em trilha e a corrida de rua são as modalidades com mais adeptos. Não me refiro a todos os esportes, futebol, basquete etc., mas percentualmente há um número muito maior de corredores do que de surfistas, por exemplo. E nas competições a gente vê isso em números. No período em que os eventos estão sendo agendados costuma existir uma troca de emails ou uma análise para que eventos diretamente concorrentes não sejam programados para aquele mesmo final de semana. Afinal, isso seria ruim, no caso, para os dois organizadores e também para os atletas que quisessem participar das duas provas. Sempre que possível a gente costuma respeitar isso. Mas pela quantidade de eventos que há no Brasil, às vezes acontece. E também faz parte do jogo, porque são poucos os finais de semana que a gente considera ideal como opção para algumas provas, em função da época do ano. Às vezes, não dá para escapar, seja por um motivo específico de clima ou por uma necessidade, como numa data que comemore o aniversário da cidade, por exemplo. Mas a intenção é sempre a de atender o público da melhor forma possível, estimulando cada vez mais a participação e levando à conscientização de que a prática do esporte ao ar livre contribui para uma vida mais saudável. Isso é o mais importante.
PARATY.COM.BR – E por falar em participação, nesses cinco anos você tem observado um número maior de paratienses, moradores da cidade em geral, nas competições? Ou quem mais se inscreve é o atleta que vem de fora?
JORGE ELAGE – Com certeza existe uma progressão geométrica ascendente do número de paratienses participando das competições. Também é crescente o número de angrenses e do pessoal de Ubatuba. Esse é um público que sabe que a gente faz um trabalho sério, consistente, e essas pessoas já ficam antenadas no começo da temporada, buscando agendar nos próprios calendários os eventos para que elas possam treinar, garantindo a participação em todas as provas. Há uma disputa saudável entre os diversos grupos em função das provas que acontecem nas várias cidades. Algumas academias específicas também trazem bastante gente. Há grupos de treinamentos de corrida que vêm uniformizados nas competições, inclusive grupos daqui de Paraty, o que já demonstra um avanço, porque até há pouco tempo não havia nenhum grupo específico aqui. São essas pequenas ações que comprovam a consolidação de um trabalho que vem sendo feito a longo prazo.
PARATY.COM.BR – Muito bom saber disso, Jorge! Em sua opinião, no que o turismo de aventura contribui na cidade para uma visão ecológica, para uma maior conscientização, especialmente dos jovens, nessa área?
JORGE ELAGE – Acho que tem tudo a ver. Todo o trabalho é feito cem por cento nesse sentido, porque o esporte de aventura propõe a integração entre a pessoa e o meio ambiente. Isso, no meu ponto de vista, permite levar as pessoas a se sentirem mais conectadas consigo próprias e interessadas na preservação da região. Quando existe, por exemplo, uma depredação ou um trecho da trilha que cai, ou a poluição daquele trecho de rio onde a pessoa costuma fazer canoagem, ou algum fator que prejudique o mar ou a montanha, isso tudo estará mexendo diretamente com aquele patrimônio que é dela, o seu habitat da prática do esporte. É da natureza, mas também é do atleta, pelo envolvimento que ele começou a criar através do esporte. Por outro lado, se a pessoa não tem nenhuma conexão com a natureza, uma notícia de depredação ou de poluição não chega a impactá-la tanto. Por isso considero muito importante o estímulo dessa prática do esporte de aventura, esportes ao ar livre, na natureza em geral, independente da modalidade, porque realmente despertam em todos os participantes uma consciência ambiental mais forte.
PARATY.COM.BR – Como tem sido a busca de patrocínio para você levar adiante sua programação, seu calendário de competições?
JORGE ELAGE – A gente trabalha sempre com a possibilidade de convidar, receber e estimular novos patrocinadores a nos ajudar. É um trabalho de longo prazo, mas tem sido muito compensador.
PARATY.COM.BR – Então vem sendo favorável o retorno dos patrocinadores?
Jorge Elage – Foto: Ricardo Gaspar
JORGE ELAGE – Tem sido bom. Só posso agradecer a todos os patrocinadores que têm viabilizado a realização dos eventos aqui e viabilizado também a continuidade. Para eles o retorno tem sido igualmente bom, porque a gente oferece visibilidade não só na camiseta, no site, mas no próprio trabalho de longo prazo, de exposição no facebook, nas redes sociais e por meio das ações que são feitas em conjunto com cada um desses patrocinadores. São ações dimensionadas e o retorno é proporcional ao que é investido, entendeu? Lógico que a gente sempre quer ter mais apoio da Prefeitura, por ela ter um compromisso com a população em geral. Nesse sentido, a gente desenvolve um trabalho que vem somar ao da Secretaria de Esportes de Paraty. E eles, sem dúvida, nos apóiam. Ao longo desses cinco anos, a expectativa é sempre de contar com um pouco mais, para que cada edição do evento se fortaleça e mais pessoas venham participar e se envolver com o esporte. Isso a gente vem notando claramente! Interessante, vejo que as pessoas que começaram trabalhando comigo foram contagiados pela energia, pela alegria dos participantes que vinham de outras cidades. Hoje em dia eles não querem mais estar no apoio, ao meu lado trabalhando. Querem estar competindo. E é uma alegria oferecer essa oportunidade, também porque abre espaço para novas pessoas quererem fazer parte da equipe de trabalho. Possivelmente essas mesmas pessoas vão em breve querer compor a linha de largada dos atletas. É um ciclo contínuo e desde o início o objetivo era esse mesmo, estimular as pessoas de Paraty no trabalho do corpo em integração com a natureza.
PARATY.COM.BR – Que provas já aconteceram em 2014 e quais ainda estão para acontecer no circuito de aventuras em Paraty?
JORGE ELAGE – Nosso calendário de 2014 começou em 15 de fevereiro, quando aconteceu uma prova de Aquatlon (que une corrida e natação) e outra de corrida de rua. No último dia 30 de março houve uma prova de 6 ou 12 Km, só de corrida de trilha, com percurso na serra Paraty-Cunha, liberado para todas as faixas etárias, a Corrida Rústica de Paraty. No próximo dia 17 de maio vai acontecer outra corrida, também só de trilha, será a Meia Maratona Caiçara, uma prova que acontece na costeira do Saco do Mamanguá, com largada em Laranjeiras e chegada em Paraty Mirim. Essa é uma prova bem legal. Há um transfer de ônibus para levar todos os atletas até Laranjeiras. Dali o percurso da corrida é uma trilha que passa por um vale na costeira do Mamanguá. Na chegada em Paraty Mirim há opção de retornar num transfer de barco, em conjunto com as famílias, os atletas, todo mundo voltando para Paraty. Esse momento de lazer, de confraternização, isso também faz parte dos benefícios de um evento como esse. E o visual é incrível! E finalmente para coroar o ano a gente vai fazer o Festival Aventura Paraty, na verdade aventura para todos, no dia 16 de agosto, sobre o qual eu já falei. Começa com a Paraty Multisport, uma prova de caiaque, corrida e bicicleta, de 40 ou 60 km. Pode-se fazer esta corrida solo, em dupla ou num revezamento, com distâncias que variam de 10 a 20 km em cada trecho. Dá para fazer só uma modalidade, dá para revezar modalidades ou, quem quiser, pode fazer tudo sozinho. Para finalizar, tem a corrida noturna, a Paraty Night Run, com percursos de 5 e 10 km, no Centro Histórico e região central.
PARATY.COM.BR – Puxa, temos que nos preparar para isso tudo desde já! Qual é a faixa etária que costuma participar mais? Há um limite mínimo ou máximo de idade?
JORGE ELAGE – Em provas normais, o limite, em geral é de 15 anos, com autorização dos pais. Isso estimula os adolescentes a treinarem. No caso da corrida noturna, o Festival Aventura Paraty quer democratizar ao máximo a participação, então está programado um evento específico para crianças a partir de 12 anos.
PARATY.COM.BR – Jorge, agora nossas perguntas de praxe a todos os entrevistados no paraty.com.br: o que você deseja que mude em Paraty?
JORGE ELAGE – Eu quero que todo mundo em Paraty saiba do verdadeiro potencial da cidade com relação ao esporte de aventura, com relação à vida ao ar livre. Não só que saibam do que já tem sido feito, que não é pouco, mas que estejam abertos a conhecer ainda mais. Porque há muitos lugares incríveis aqui nessa região. E são ainda pouco conhecidos. Na Reserva da Joatinga, por exemplo, há a Praia Grande da Cajaíba. Praia da Sumaca, Martim de Sá, a Cachoeira do Saco Bravo, Ponta Negra, Praia de Antigos, o Saco do Mamanguá, o Mirante do Miranda… São tantos lugares, sem falar na Barra Grande, no Taquari, nas cachoeiras que há para o lado das montanhas, na Graúna… E as ilhas! Muitas vezes penso que é limitado ficar nessa questão de oferecer um turismo aqui nos arredores, sempre mais próximo da cidade. Com todo esse potencial no entorno de Paraty, é possível que muita gente visite lugares incríveis, sem a sensação de estar visitando sempre uma cidade lotada. Penso que há espaço para todos e opções maravilhosas!
PARATY.COM.BR – O que não pode mudar em Paraty na sua opinião?
JORGE ELAGE – Eu não quero que mude esse estilo de vida tranquilo, esse jeito de cidade pequena cosmopolita tão próprio de Paraty. A cidade recebe todo mundo bem e ainda oferece a todos, moradores e visitantes, uma qualidade de vida incrível, com possibilidade de ver diversos pássaros, de se ter uma vida perto do verde, do mar e das montanhas, e distante daqueles problemas da cidade grande – trânsito, conflitos de relacionamento, pressão de horário etc. – que acabam envolvendo muito a cabeça humana. Que tudo por aqui possa continuar do jeito que está e para melhor. Mas que não mude essa qualidade de vida!
PARATY.COM.BR — Para finalizar, qual é a Paraty que o Jorge Elage recomenda ao turista?
JORGE ELAGE – A Paraty que eu recomendo é a que fica mais distante do Centro Histórico. Acho que é importantíssimo todo mundo conviver o máximo possível, mas também explorar o máximo possível para fora do que está na cidade em si. Recomendo todos esses destinos já citados, a Cajaíba, o Mamanguá, a Ponta Negra, a Praia do Sono, Trindade… Gosto de estimular meus amigos e visitantes que me procuram, para que eles explorem e conheçam o máximo de toda essa região. Eu mesmo quero conhecer dois lugares que estão palpitando forte. Estão na minha lista de conquistas desse ano. Um é o Pico do Cuscuzeiro, que a gente vê no horizonte quando se olha para o lado da serra Paraty- Cunha. O outro é a Pedra do Frade, no município vizinho, mas que também está na nossa mira todos os dias.
VEJA O QUE JORGE ELAGE FALA SOBRE A CIDADE DE PARATY:
Contatos
Para informações sobre corridas e eventos de competições ao ar livre, www.multisportspirit.com
MAIS IMAGENS DAS CORRIDAS DE AVENTURA MULTISPORT SPIRIT:
Bom dia, gostaria de ter informações sobre o calendário de corrida de 2016.
Boa noite gostaria de saber mais informações sobre a corrida em Paraty do dia 07marco 2015..
Obrigado..
Olá Vander, Esta corrida foi adiada. Por favor, aguarde novas informações.