De 03 a 06/2020 A tradicional Festa Literária de Paraty, neste ano de 2020, também sofre transformações para se adaptar à nova realidade trazida pela pandemia.
A data que sempre foi no mês de julho, mudou para dezembro e toda sua programação será online. Veja abaixo a programação principal e participe!
As transmissões ocorrerão pelo site da Flip e redes sociais.
PROGRAMAÇÃO ONLINE FLIP 2020
Dia 03/12/2020
18h – Mesa 1 | Diásporas Com Bernardine Evaristo , Stephanie Borges
Mediação de Stephanie Borges, poeta, tradutora, jornalista e editora.
Vencedora do Booker Prize, a escritora inglesa tem em seu nome a marca da diáspora africana. Evaristo é herança deixada por seu avô nigeriano, que, escravizado no Brasil, conseguiu regressar para a África. Os temas da premiada romancista, contudo, vão de questões raciais, passando por identidade de gênero e chegando à política britânica.
20h30 – Mesa 2 | Zé Kleber: Ciranda
Com Fernando e Marcello Alcântara
Mediação de Jéssica Moreira, jornalista, fundadora do site Nós Mulheres da Periferia
Um historiador que se dedica a escrever sobre as ruas, os botecos, o futebol, a música e os festejos populares. Dois jovens paratienses, músicos cirandeiros e pesquisadores de sua própria história, que se dedicam a resgatar e colocar em evidência a cultura caiçara em suas mais diferentes formas.
Dia 04/12/2020
16h – Mesa 3 | Florestas vivas
Com Jonathan Safran Foer , Marcia Kambeba
Mediação de Schneider Carpeggiani, jornalista e editor do Suplemento Pernambuco
De um lado, os impactos da ação humana sobre o clima; de outro, a importância da natureza para a educação indígena. Esses são os temas centrais dos últimos livros de um romancista norte-americano e de uma poeta da etnia cambeba, da Amazônia brasileira. É o meio-ambiente tratado a partir de perspectivas diferentes e complementares.
18h – Mesa 4 | Elieen para presidente!
Com Eileen Myles
Mediação de Bruna Beber e Mariana Ruggieri, escritoras e tradutoras
Nas palavras da escritora Deborah Levy, Eileen Myles é “a peça perdida para quem só leu escritores homens da geração beat”. A mesa, um encontro da escritora com suas tradutoras para o português, Bruna Beber e Mariana Ruggieri, recupera a trajetória de Myles, que é poeta, performer, romancista e jornalista.
20h30 – Mesa 5 | Animais Abatidos
Com Pilar Quintana , Ana Paula Maia
Mediação de Schneider Carpeggiani, crítico e editor do Suplemento Pernambuco
Duas romancistas sul-americanas, uma colombiana e outra brasileira, que tratam de personagens vivendo em contextos ordinários, mas que acabam se defrontando com aspectos absurdos da vida. Há certo clima soturno e de terror psicológico nas narrativas, mas nada é sobrenatural e o efeito de estranhamento vem da própria realidade.
Dia 05/12/2020
16h – Mesa 6 | Sobre o Autoritarismo
Com Lilia Moritz Schwarcz
Mediação de Flavia Lima, ombudsman da Folha de São Paulo, e Flavia Rios, socióloga
O imaginário da identidade do povo brasileiro é preenchido por ideias de tolerância, cordialidade, acolhimento, mas a história do país, repleta de autoritarismo político e social, diz outra coisa. A historiadora Lilia Schwarcz reflete sobre as raízes do autoritarismo brasileiro que faz com que o país seja mais excludente que inclusivo.
18h – Mesa 7 | Ancestralidades
Com Chigozie Obioma , Itamar Vieira Junior
Mediação de Angel Gurría-Quintana, jornalista, editor e tradutor
De um lado, a presença marcante de entidades divinas interagindo com o destino dos humanos. De outro, a realidade do mundo material que se impõe com força e violência. Um romancista brasileiro e outro nigeriano tematizam a vida rural de personagens que vivem às voltas com religiosidades de matriz africana.
20h30 – mesa 8 | Transições
Com Caetano Veloso , Paul B. Preciado
Mediação de Angel Gurría-Quintana, jornalista, editor e tradutor
Nos arquivos da ditadura militar que justificaram o exílio de Caetano Veloso poucos dias após o AI-5, o artista é definido como “desvirilizante”. Já o escritor espanhol Paul B. Preciado, define-se hoje como “dissidente do sistema sexo-gênero”. Os dois, símbolos da quebra de paradigmas, encontram-se nessa mesa, que tem a liberdade como tema central.
Dia 06/12/2020
14h – Mesa 9 | Sarau
Com Rodrigo Ciriaco , Elisa Pereira
Mediação de Jéssica Moreira, jornalista, fundadora do site Nós Mulheres da Periferia
Nos últimos anos, os saraus artísticos se multiplicaram pelas periferias da cidade de São Paulo e ganharam a cena cultural do país. Nessa mesa, Elisa Pereira, idealizadora do Fuzuê Literário, sarau de Paraty, conversa com Rodrigo Ciríaco, escritor e educador que a inspirou a começar o movimento na cidade.
16h – Mesa 10 | Batidas
Com Regina Porter , Jeferson Tenório
Mediação de Guilherme Henrique, jornalista, repórter do Nexo jornal
Duas famílias – uma branca e outra negra – vivendo na segunda metade do século 20 nos Estados Unidos. Um pai e professor de ensino básico assassinado em uma abordagem policial desastrosa no sul do Brasil. No pano de fundo dos dois romances: vida familiar, paternidade, racismo e desigualdade.
18h – Mesa 11 | Vocigrafias insurgentes
Com Danez Smith , Jota Mombaça
Mediação de Roberta Estrela D’Alva, atriz-MC, diretora, pesquisadora e slammer
A poesia e a performance se unem para dar voz a temas contemporâneos como a descolonização das narrativas históricas, identidade de gênero, não-binarismo, racismo e diáspora africana. Artistas de dois países diferentes, Brasil e Estados Unidos, Jota Mombaça e Danez Smith tratam mais da história comum que compartilham do que das fronteiras que os separam.
20h30 – Mesa 12 | Slam
Com Nathalia Leal , Luz Ribeiro
Mediação de Jéssica Moreira, jornalista, fundadora do site Nós Mulheres da Periferia
As competições de slam estão em Paris, Nova York, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraty. Nesse encontro, Nathalia Leal, uma das idealizadoras do Slam de Quinta, que acontece toda quinta-feira na rodoviária de Paraty, conversa com Luz Ribeiro, primeira mulher a vencer o Slam BR – campeonato brasileiro de Slam.
FONTE:https://www.flip.org.br/