Notícias, dicas de viagem, eventos em Paraty

  • O que é fotografia e o que é fotografar? Um entre os diversos questionamentos feitos por Claudio Feijó, no workshop ‘Descondicionamento do Olhar’, que este fotógrafo que aqui escreve teve oportunidade de participar e no qual foram propostas diversas atividades lúdicas com o objetivo de desenvolver o olhar do aluno (eterno talvez), ampliando o seu repertório e exercitando as diferentes formas de “olhar, ver e enxergar”.
    Uma das atividades consistia em ter os olhos vendados enquanto era levado por outro participante para um passeio pelas dependências da pousada Villas de Paraty, onde foi realizado este que é um dos workshops mais procurados do Brasil.

    Destaque também para a o encontro ‘Paisagens Imaginadas’ do fotógrafo mexicano Alfredo de Stefano que falou um pouco de seu trabalho onde realiza magníficas intervenções nos desertos do mundo, criando fotografias únicas, ao mesclar a imagem tradicional com as que ele imagina e constrói. A entrevista foi conduzida pela crítica de arte Claudia Buzetti.

    E como não podia ser diferente, nesse terceiro dia de Paraty em Foco, muitos fotógrafos saíram às ruas em busca de boas fotos, convidados pelo sol que desde as primeiras horas do dia já brilhava sobre a histórica Paraty.

     

  • O Paraty em Foco já está em sua 6a. edição. No ano Internacional da Biodiversidade, o evento aborda, sob a bandeira ‘Inventários da Terra’, questões objetivas e subjetivas, que dizem respeito ao que fazemos, fizemos e faremos com o nosso planeta. O evento que acontece de 15 a 19 de setembro conta com: 22 Workshops, 15 Encontros / Entrevistas, 11 Exposições, Espaço Multimídia, Extra e Leilão.

    Tudo acontece nos seguintes espaços: Casa da Cultura, Tenda da Matriz, Cinema e vários locais na cidade que abrigam os workshops e exposições .

     

  • O município de Paraty comemora 350 anos do Caminho do Ouro com palestras e exposição de peças confeccionadas em ouro e prata de jóias e bijuterias. O evento será realizado de 16 a 21 de agosto, na Casa da Cultura, Centro Histórico da cidade.

    Ligando Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, o Caminho do Ouro é a estrada construída pelos escravos, entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, que serviu de escoadouro da produção de ouro que saia do Brasil para Portugal por Paraty, uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII. A estrada real possui papel de destaque na esfera cultural do país.

    Eventos do dia 21/08 , Dia do Caminho do Ouro:

    – Inauguração do Parque Temático Mini Estrada Real, ás 10hs, na Paraty-Cunha
    – Palestras na Casa da Cultura, das 17 às 20 hs.

    Saiba Mais: http://www.paraty.com.br/noticiasparaty.asp?id=1847

  • O tradicional Festival da Pinga, que agora se chama Festival da Cachaça, Cultura e Sabores de Paraty acontece  de 19 a 22 de agosto com vários shows gratuitos:

    – Alceu Valença e Banda
    – Silvério Pontes e Zé da Velha
    – Projeto Viva Viola, de Minas Gerais

    E muitas outras atrações.

    Confira a programação completa: http://www.paraty.com.br/feriados/festivaldapinga/index.asp

  • Quatro dias no paraíso. Não, não é o nome do último e mais badalado filme, nem título de romance água com açúcar. Quatro dias no paraíso é estar em Paraty, para a FLIP, Festa Internacional do Livro. O título “Festa” é elegante, digno e irrepreensível. A Festa é festa de fato. Pedaço do Éden. Parcela de enlevo. Gente culta, inteligente, disciplinada e ecologicamente moderna, do Brasil e do mundo, concentrada sobre delimitado e instável calçamento de 400 anos. Não há papel sujo sobre o chão, nem papel impresso no lixo. Lixo é lixo e gente é racional. Frenesi formiguejando cultura.

    O caminho das pedras é o melhor caminho. É preciso explicar. Ali as ruas são cobertas de pedras não polidas ou desbastadas. Tais pedras são portuguesas. Ruas e ruas feitas de lastro. Bem como o caminho que levava ao ouro das Minas Gerais. Lastro é toda carga que dá equilíbrio a um navio, era fardo que, colocado no fundo porão das galeras portuguesas, evitava que o navio afundasse por estar vazio. Lastro é estabilidade. Tudo a ver com o financeiro… Os antigos navios à vela deixavam-nos pesadas e grandes rochas e levavam-nos, também pesadamente, o ouro. Navios chegando em lastro: pétreos. Navios partindo em fausto: áureos. Numismaticidades. Estável para Portugual, instável para o Brasil. Como a vida, como os amores, como os humores, como as marés.

    Só não para os índios, antes dos portugueses, antes de nós, quando os Guaianás iam à Paraty atrás das suas praias consideradas medicinais. Para eles, Paraíso, até a chegada do europeu; para nós, Paratyso, em quatro FLIP dias.

    Em todos os outros dias, pelas ruas de Paraty pés de portuguesinhas vestidas em rodadas saias coloniais se abrasileirariam no constante resvalar do ir e vir sobre pedras abauladamente desiguais, artística e ordenadamente aplicadas sobre antigas ruas de areia, que se afundaram ao sabor de render-se a pesos e a passos. Cariocas hoje, nesses todos os outros dias.

    Mas, nos tais citados quatro FLIP dias, se caminhar em Paraty exige arte e equilíbrio, o conviver mundial ali não exige esforço algum. Somos, além do que somos, todos etólogos, etnólogos, ecólogos e por vezes, enólogos. Por que não? É nos barezinhos e restaurantes de drinques e refeições próximas dos manás divinos, nas calçadas com carroças e doces típicos em tabuleiros, nas praças de alimentos de consumo mais imediato, que anoitece ou amanhece a hora de os apreciadores de iguarias dividirem as suas impressões literárias e artísticas. Mas são artistas os cozinheiros, os bartenders, os graçons, como os músicos, os escritores, os editores, os escultores, os pintores, os literatos consumidores ou vendedores de literatura. Confraternizam em toda esquina, em cada mesa, em qualquer praça, homens e mulheres que se sentem em casa, porque todos têm uma única e real vontade: um mundo.

    Não só um mundo melhor, nem um mundo só mais pensado, mais rico, ou sem toda a maldade, ou com nem mesmo uma doença. Mas um mundo facilmente administrável porque se acabariam, ou controlariam-se, ânsias e ganâncias. O poder, que desaguaria em cargos drogas pragas pregos crucificações, finado.

    Paraty é, então, toda arte de respeitar o que vive e respira, tudo o que se pode conhecer e ensinar, toda vontade de expurgo, não dos perfeitos, mas dos lavados, autocorrigidos, apurados, ou em processo de… Não bastasse, tudo acontece em centro histórico lindamente preservado.

    Paraty, noventa e seis horas. Cidade em que houve, há, vontade. Vontade de quem fez, de quem faz, de quem lá está e parte, e, quando parte, já quer voltar. Paraty da deferência e querença, da escusa e absolvição, do sorriso de “que bom que estou aqui e você também”, da compreensão e constatação do “não há no Brasil, nas Américas, no Mundo apenas um ou dois de nós”. Que bom.

    Ainda que por curtos quatro, mas intensos, dias descortinaram-se palestras divertidas, risíveis, lúcidas (muito lúcidas) e interessantes. Dias em que se descobriram escritores, representando iranianos (o povo), judeus (o povo), americanos (o povo), indianos (o povo), brasileiros (o povo) e muitos outros (os povos), apesar das incontáveis diferenças, a querer apenas uma única e mesma coisa: “arte, porque a vida não basta” (Ferreira Gullar, 07/08/2010 – Paraty).

    Autora: Cecilia Ferreira, jornalista, membro da Academia Araçatubense de Letras, autora de (entre outros) Vinhos (poemas), editora, pós-graduada em Comunicação e Linguagem.

    Crônica publicada na Folha da Região (Araçatuba), dia 12/08/10

  • Já pensou em ficar hospedado numa linda pousada, fazer um passeio de jeep, fazer um circuito de arvorismo em plena mata atlântica, ganhar uma massagem relaxante, almoçar ou jantar em ótimos restaurantes, conhecer a cerveja artesanal de Paraty e ainda ganhar descontos em livros? Pois é… o site www.paraty.com.br promove o concurso Ganhe um Final de Semana Grátis em Paraty. Para participar é só se inscrever em: http://www.paraty.com.br/bd/promocao.asp.

    BOA SORTE!

  • Dia 04 de agosto, às 21h30 acontecerá o show de abertura com Edu Lobo, Renata Rosa, Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp, com Direção artística: Arthur Nestrovski.

    Os shows da FLIP sempre são de alta qualidade. Já passaram pelo seu palco Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, João Donato e outros. No ano passado foi a vez de Adriana Calcanhoto.

    Os ingressos sempre acabam rapidinho. Mas, não se preocupe! A tenda da Matriz é aberta é dá para assistir ao show, do lado de fora, sem problemas.

  • No sábado, dia 21 de agosto, às 23h, Paraty assistirá ao show de Alceu Valença, durante o Festival da Cachaça, Cultura e Sabores (Antigo Festival da Pinga).  O show acontece em palco na Praça da Matriz e é aberto ao público.

    Também haverá shows de Cirandeiros de Paraty, Projeto Viva Viola, Silvério Pontes e Zé da Velha e mutos outros.