Notícias, dicas de viagem, eventos em Paraty

  • A FLIP começou como uma verdadeira festa. ÀS 17h a Banda Santa Cecília e os bonecões dos Assombrosos do Morro saíram pelas ruas do Centro Histórico anunciando o começo da 10a. Edição da FLIP.

    Às  19h começou a Abertura da FLIP com a palestra do Luis Fernando Veríssimo (FLIP, 10 anos) e a Conferência de Abertura sobre Drummond com Silviano Santiago e Antônio Cícero.

    ÀS 21h começou o Show com a Ciranda de Tarituba e o Lenine.

    Acompanhe pelo site, pelo blog e pelas mídias sociais, nossa equipe estará postando fotos, notícias, dicas e comentários ao longo do evento.

  • Estão abertas até 30 de abril de 2012 as inscrições para a sétima edição do Prêmio OFF FLIP de Literatura.

    Podem participar autores de qualquer nacionalidade residentes no Brasil, brasileiros que residem no exterior e autores de países lusófonos. O Prêmio oferecerá aos vencedores premiação em dinheiro, além de estadia em Paraty, ingressos para mesas de debate da FLIP e cota de livros da editora Record.

    Os 30 textos finalistas serão publicados em coletânea pelo Selo OFF FLIP. A premiação será durante a OFF FLIP, que acontecerá entre 4 e 8 de julho paralelamente à Festa Literária Internacional de Paraty.

    As inscrições serão feitas pelo correio e o regulamento com todas as informações pode ser lido no site do Prêmio: www.premio-offflip.net

    Este ano não haverá uma categoria específica para autores residentes em Paraty. Os autores locais que estiveram entre os vencedores das edições anteriores do Prêmio serão convidados a enviar obras para serem publicadas pelo Selo Off Flip. Os organizadores entendem que o Prêmio OFF FLIP cumpriu a sua missão de identificar autores locais e agora pretendem estimular de maneira ainda mais expressiva a produção literária local publicando obras individuais desses autores.

  • Começam as vendas de ingressos para a FLIP 2011, amanhã, dia 06/06/2011 a partir das 10 h.

    Saiba mais em: www.paraty.com.br/flip

  • Quatro dias no paraíso. Não, não é o nome do último e mais badalado filme, nem título de romance água com açúcar. Quatro dias no paraíso é estar em Paraty, para a FLIP, Festa Internacional do Livro. O título “Festa” é elegante, digno e irrepreensível. A Festa é festa de fato. Pedaço do Éden. Parcela de enlevo. Gente culta, inteligente, disciplinada e ecologicamente moderna, do Brasil e do mundo, concentrada sobre delimitado e instável calçamento de 400 anos. Não há papel sujo sobre o chão, nem papel impresso no lixo. Lixo é lixo e gente é racional. Frenesi formiguejando cultura.

    O caminho das pedras é o melhor caminho. É preciso explicar. Ali as ruas são cobertas de pedras não polidas ou desbastadas. Tais pedras são portuguesas. Ruas e ruas feitas de lastro. Bem como o caminho que levava ao ouro das Minas Gerais. Lastro é toda carga que dá equilíbrio a um navio, era fardo que, colocado no fundo porão das galeras portuguesas, evitava que o navio afundasse por estar vazio. Lastro é estabilidade. Tudo a ver com o financeiro… Os antigos navios à vela deixavam-nos pesadas e grandes rochas e levavam-nos, também pesadamente, o ouro. Navios chegando em lastro: pétreos. Navios partindo em fausto: áureos. Numismaticidades. Estável para Portugual, instável para o Brasil. Como a vida, como os amores, como os humores, como as marés.

    Só não para os índios, antes dos portugueses, antes de nós, quando os Guaianás iam à Paraty atrás das suas praias consideradas medicinais. Para eles, Paraíso, até a chegada do europeu; para nós, Paratyso, em quatro FLIP dias.

    Em todos os outros dias, pelas ruas de Paraty pés de portuguesinhas vestidas em rodadas saias coloniais se abrasileirariam no constante resvalar do ir e vir sobre pedras abauladamente desiguais, artística e ordenadamente aplicadas sobre antigas ruas de areia, que se afundaram ao sabor de render-se a pesos e a passos. Cariocas hoje, nesses todos os outros dias.

    Mas, nos tais citados quatro FLIP dias, se caminhar em Paraty exige arte e equilíbrio, o conviver mundial ali não exige esforço algum. Somos, além do que somos, todos etólogos, etnólogos, ecólogos e por vezes, enólogos. Por que não? É nos barezinhos e restaurantes de drinques e refeições próximas dos manás divinos, nas calçadas com carroças e doces típicos em tabuleiros, nas praças de alimentos de consumo mais imediato, que anoitece ou amanhece a hora de os apreciadores de iguarias dividirem as suas impressões literárias e artísticas. Mas são artistas os cozinheiros, os bartenders, os graçons, como os músicos, os escritores, os editores, os escultores, os pintores, os literatos consumidores ou vendedores de literatura. Confraternizam em toda esquina, em cada mesa, em qualquer praça, homens e mulheres que se sentem em casa, porque todos têm uma única e real vontade: um mundo.

    Não só um mundo melhor, nem um mundo só mais pensado, mais rico, ou sem toda a maldade, ou com nem mesmo uma doença. Mas um mundo facilmente administrável porque se acabariam, ou controlariam-se, ânsias e ganâncias. O poder, que desaguaria em cargos drogas pragas pregos crucificações, finado.

    Paraty é, então, toda arte de respeitar o que vive e respira, tudo o que se pode conhecer e ensinar, toda vontade de expurgo, não dos perfeitos, mas dos lavados, autocorrigidos, apurados, ou em processo de… Não bastasse, tudo acontece em centro histórico lindamente preservado.

    Paraty, noventa e seis horas. Cidade em que houve, há, vontade. Vontade de quem fez, de quem faz, de quem lá está e parte, e, quando parte, já quer voltar. Paraty da deferência e querença, da escusa e absolvição, do sorriso de “que bom que estou aqui e você também”, da compreensão e constatação do “não há no Brasil, nas Américas, no Mundo apenas um ou dois de nós”. Que bom.

    Ainda que por curtos quatro, mas intensos, dias descortinaram-se palestras divertidas, risíveis, lúcidas (muito lúcidas) e interessantes. Dias em que se descobriram escritores, representando iranianos (o povo), judeus (o povo), americanos (o povo), indianos (o povo), brasileiros (o povo) e muitos outros (os povos), apesar das incontáveis diferenças, a querer apenas uma única e mesma coisa: “arte, porque a vida não basta” (Ferreira Gullar, 07/08/2010 – Paraty).

    Autora: Cecilia Ferreira, jornalista, membro da Academia Araçatubense de Letras, autora de (entre outros) Vinhos (poemas), editora, pós-graduada em Comunicação e Linguagem.

    Crônica publicada na Folha da Região (Araçatuba), dia 12/08/10

  • Quarta-feira, 04 de Agosto

    19h – Abertura

    Casa-grande e Senzala: um livro perene
    Fernando Henrique Cardoso
    Debatedor: Luiz Felipe de Alencastro

    21h30 – Show de abertura

    Edu Lobo
    Renata Rosa
    Com Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp
    Direção artística: Arthur Nestrovski

    Quinta-feira, 05 de Agosto

    10h – Mesa 1

    Ao correr da pena
    Bertthold Zilly
    Moacyr Scliar
    Ricardo Benzaquen
    Edson Nery da Fonseca
    Mediação: Ángel Gurría-Quintana

    12h – Mesa 2

    De frente pro crime
    Patrícia Melo
    Lionel Shriver

    15h – Mesa 3

    Fábulas Contemporâneas
    Reinaldo Moraes
    Ronaldo Coreia de Brito
    Beatriz Bracher
    Mediação: Cristiane Costa

    17h15 – Mesa 4

    Veias abertas
    Isabel Allende
    Mediação: Humberto Werneck

    19h30 – Mesa 5

    O livro: capítulo 1
    Peter Burke
    Robert Darnton
    Mediação: Lilia Schwarcz

    Sexta-feira, 06 de Agosto

    10h – Mesa 6

    O livro: capítulo 2
    Robert Darnton
    John Makinson
    Mediação: Cristiane Costa

    12h – Mesa 7

    Além da Casa-grande
    Alberto Costa e Silva
    Maria Lúcia Pallares-Burke
    Ângela Alonso
    Mediação: Lilia Schwarcz

    15h – Mesa 8

    Chá pós-colonial
    William Boyd
    Pauline Melville
    Mediação: Ángel Gurría-Quintana

    17h15 – Mesa 9

    Promessas de um velho mundo
    A.B. Yehoshua
    Azar Nafisi
    Mediação: Moacyr Scliar

    19h30 – Mesa 10

    Em nome do filho
    Salman Rushdie

    Sábado, 07 de Agosto

    10h – Mesa 11

    Andar com fé
    Terry Eagleton
    Mediação: Silio Boccanera

    12h – Mesa 12

    Albany, Nova York e outras aldeias
    Colum McCann
    William Kennedy
    Mediação: Ángel Gurría-Quintana

    15h – Leitura
    Alguma Poesia
    Chacal
    Antônio Cícero
    Ferreira Gullar
    Eucanaã Ferraz

    17h15 – Mesa 13

    Gullar, 80
    Ferreira Gullar
    Mediação: Samuel Titan Jr.

    19h30 – Mesa 14

    A origem do universo
    Robert Crumb
    Gilbert Shelton
    Mediação: Sergio Dávila

    21h45 – Filme

    José & Pilar

    Domingo, 08 de Agosto

    9h30 – Mesa Zé Kléber

    Paraty: passando o futuro a limpo
    Victor Zveibil
    Ana Carla Fonseca Reis
    Luís Perequê

    11h45 – Mesa 16

    Gilberto Freyre e o século 21
    José de Souza Martins
    Peter Burke
    Hermano Vianna

    14h30 – Mesa 17

    Cartas, diários e outras subversões
    Wendy Guerra
    Carola Saavedra
    Mediação: João Paulo Cuenca

    16h30 – Mesa 18

    Nacional, estrangeiro
    Benjamin Moser
    Berthold Zilly

    18h15 – Mesa 19

    Livro de cabeceira
    Convidados da Flip lêem trechos de seus livros prediletos

    Para saber a programação completa, resumos dos temas das mesas, localização das tendas etc, acesse www.paraty.com.br/flip

  • Dia 04 de agosto, às 21h30 acontecerá o show de abertura com Edu Lobo, Renata Rosa, Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp, com Direção artística: Arthur Nestrovski.

    Os shows da FLIP sempre são de alta qualidade. Já passaram pelo seu palco Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, João Donato e outros. No ano passado foi a vez de Adriana Calcanhoto.

    Os ingressos sempre acabam rapidinho. Mas, não se preocupe! A tenda da Matriz é aberta é dá para assistir ao show, do lado de fora, sem problemas.