Este ano teremos a 12ª edição da FLIP, Festa literária Internacional de Paraty.
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Em todos esses anos, a FLIP vem se consagrando e hoje é considerada o evento literário mais importante da América Latina, inseriu o Brasil no calendário internacional dos principais festivais literários e tornou-se uma vitrine da cultura brasileira para o mundo.
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Mas não é só isso… A FLIP se estende através das atividades que realiza nas escolas da região, através da biblioteca Casa Azul; através do trabalho que realiza com jovens e adolescentes que trabalham durante todo o ano para apresentar nesses dias as suas criações audiovisuais.
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A cada ano, desde sua primeira edição em 2003, a FLIP apresenta novidades. Eventos paralelos são cada vez mais frequentes, com debates que circulam entre literatura, história, cinema, jornalismo, religião, meio ambiente, quadrinhos e religião.
De lá para cá não só a FLIP mudou… Novos espaços paralelos à programação principal foram criados e hoje contamos com a presença do SESC (desde 2012), com uma programação cultural de alto nível, a Casa Folha (desde 2011), que traz sempre debates interessantíssimos com os colunistas do jornal, entre outros.
Com a proximidade da FLIP 2014, resolvemos trazer aqui um resumo do que tem sido a Festa Literária de Paraty. Faça essa viagem conosco!
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A HISTÓRIA DA FLIP
Sérgio Rodrigues fala, em seu blog Todoprosa (http://veja.abril.com.br/blog/todoprosa/antologia/flip-ano-10-uma-retrospectiva-pessoal/ ), apesar de não ter participado da primeiríssima edição da FLIP, em 2003: Se você está indo à Flip pela primeira vez, talvez não saiba que quando ela nasceu, em 2003, a graça era sentar no banco da praça ao lado do Julian Barnes e puxar um papo de papagaio. Eu não estava lá, o que até hoje lamento de modo amargo. Contam que a caipirinha de Maria Izabel jorrava em fontes, as pousadas estavam repletas de vagas e as plateias contavam-se em dezenas, todo mundo confortavelmente abrigado na intimidade de um auditório de província…
Aquela primeira Flip, tão pré-historicamente romântica que até o site oficial do evento a trata como capítulo à parte…
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Bom, essa primeira edição da FLIP resultou do esforço de um inglesa, Liz Calder, que prestou ao Brasil uma das maiores provas de amor de que é capaz uma mulher: apaixonada, usou todo o seu prestígio para trazer para nosso país o conceito de festival literário, comum já na Europa e nos Estados Unidos, mas desconhecido por aqui.
Abraçada ao seu sonho, acreditando que a cultura liberta, Liz Calder, com a ajuda de uns poucos loucos visionários, construiu em 2003 a 1ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), entre 31 de julho e 3 de agosto, um evento que, queiram ou não, já faz parte do calendário cultural internacional.
Eric Hobsbawn estava entre esses loucos visionários. Aliás, manteve-se louco e visionário. Podia ser visto caminhando sozinho pelo calçamento irregular de Paraty, que visitava pela segunda vez; foi flagrado em conversas bem-humoradas com cozinheiros e copeiros, após o café da manhã, na pousada onde estava hospedado.
Para quem menospreza a cultura brasileira, a Flip foi o contraponto. Quem imaginava, em maio (ou mesmo em junho) deste ano, que pessoas iriam se deslocar até Paraty para assistir aos escritores lendo seus textos e ainda pagar por isso? (por LUIZ RUFFATO, para o jornal da USP, ano XVIII, n.653)
As imagens que inserimos no texto são cartazes que trazem as propostas visuais de cada uma das edições do evento . O material foi tirado do blog da Flipzona (http://flipzona.wordpress.com/2014/05/02/colecao-de-cartazes-faz-a-historia-visual-da-flip/ ).
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Para conferir a programação e todas as notícias da FLIP 2014, acesse o site: http://www.paraty.com.br/flip/