Artesanato em cestaria
A localização privilegiada do município de Paraty, inserido praticamente em sua totalidade em áreas de proteção ambiental, permite o acesso a todo o material natural necessário à realização de cestos e trançados.
A Mata Atlântica fornece vários tipos de fibras utilizados nos trabalhos de cestaria, como:
- Palmeiras de vários tipos como: juçara, guaricanga, etc
- Capim sapê
- Taboas
- Taquara, bambu e entre cascas de árvores
Desde tempos remotos, antes da chegada dos europeus, os indígenas já teciam cestarias com estas fibras retiradas da mata.
As principais funções destes objetos eram a construção de moradias, uso na produção dos alimentos como o tipiti, que um cesto que retira o suco da mandioca, cestos para guardar e servir alimentos, transporte de diversas cargas, etc.
Hoje várias comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras continuam tecendo e utilizando as cestarias da mesma forma tradicional. Mas, já foi também incorporado ao seus meio de subsistência, o trabalho artesanal voltado para o mercado turístico.
Peças antes criadas para o uso pessoal, agora são feitas também para a venda, com objetivo decorativo, transformando-se em importante fonte de renda para muitas famílias.
Em Paraty encontramos uma forte tradição de cestaria nas seguintes comunidades:
- Comunidade quilombola do Campinho da Independência
- Comunidade indígena de Araponga
- Comunidade caiçara da Praia do Sono
- Comunidade caiçara do Curupira
- Comunidade caiçara do Mamanguá
FONTE DE CONSULTA: Livro Culturas de Fibra, da autora Patricia Solari