Na maioria das cidades coloniais existem ainda hoje os chamados Passos da Paixão, e em Paraty não poderia ser diferente.
No centro histórico temos seis nichos nas paredes das construções e o sétimo é representado pela Igreja da Matriz, estes portais escondem altares que são abertos na Sexta-feira da Paixão e fechados à meia noite, passando todo o resto do ano fechado, estes altares pertenciam a Irmandade do Senhor dos Passos, uma irmandade muito antiga que foi extinta há muito tempo por falta de irmãos.
Por serem de madeira de lei e pedra resistiram até o ano de 1922 quando a Irmandade do Sacramento mandou demoli-los, restando apenas três.
Hoje, após um trabalho dos historiadores de Paraty junto ao IPHAN, os três que faltavam estão de volta aos seus locais de origem, o último a ser restaurado (1º passo) fez um ano de restauro em 1999, justamente na Sexta-feira da Paixão.
Uma folha de sua porta original, onde se encontra uma pintura da passagem em que Cristo diz a Pedro: “Me negaras três vezes antes que o galo cante”, foi guardada até sua reconstrução e hoje se encontra no local a espera de restauração.
O Primeiro Passo que representa o Jardim das Oliveiras se encontra na Rua do Comércio, esquina com Rua da Cadeia.
O Segundo (a Prisão / como se eu fosse um ladrão, de espadas e varapaus vieram me prender) se encontra na Rua do Comércio, esquina com a Rua da Ferraria.
O Terceiro (a chibata/ a flagelação) se encontra na Rua do Comércio, esquina com a Rua Sta. Rita.
O Quarto (coroação de espinhos) se encontra na Rua Sta. Rita, parede da Igreja Sta. Rita dos Pardos Libertos (1722).
O Quinto (Enxuga rosto/ Verônica) se encontra na Rua Dona Geralda, esquina com Rua da Lapa.
O Sexto (Crucificação) se encontra na Rua Dona Geralda, esquina com Rua da Cadeia.
O Sétimo é representado pela Igreja Matriz (a morte/sepultamento).